6 de fevereiro de 2006
GAMANÇO???
Comemoraram-se há bem poucos anos os 500 anos da viagem de Vasco da Gama à India...O moço descobriu o caminho por mar...Foi um feito,eheheh, sabendo toda a gente que o caminho por terra era muito mais curto...Mas de facto a viagem de Gama, não podia ter tido um nome mais apelativo para aquilo que as potencias coloniais iriam fazer nos 500 anos seguintes....GAMAR...Penso que D. João II, um dos reis mais inteligentes que Portugal teve, escolheu bem o perfil do navegador, incluindo o seu nome, para os desígneos futuros das suas campanhas pelo Oriente... Eu tenho ideia, que alguns dos marinheiros da campanha do Gama foram aliciados pq iam ao reino do Cochim, mas a meio do caminho conseguiram ser demovidos a muito custo por irem a Calecu, coisa que a maioria da marinharia estava habituada, pois as longas permanencias no mar obrigava-os a outras opções, diferentes das de em terra firme (cuidado que isto é uma cacafonia)... O Gama, Vasco de seu nome, levou como sub-capitão outro Gama, Paulo de seu nome, para no caso de vacatura do primeiro, como aliás se veio a manifestar, o Gamanço se perpetuasse. Lá foram as 4 naus e o Bérrio, a caminho das especiarias e dos afrodísíacos, para terras para lá do Prestes-João...Chegaram lá com muito estrondo, cheios de salamaleques e ofertas, para logo na viagem de circum-retorno congeminarem logo como haveriam de lixar os poderosos senhores de Calecut e Cochim, e inerentemente o seu séquito de mulheres, essas bem mais apelativas (bem mais as de Cochim que Calecu)...Começou então em Gama, o verdadeiro Gamar, e foi uma tarefa bem concebida, pois durou 500 anos.O Gama, tb foi arrecadado nos Jerónimos??? Não me façam acreditar nisso... O tipo morreu a meio do caminho de regresso, presume-se que com escorbuto, embora se tivesse constado nos meandros da corte que terá sido de gonorreia... O Gama, como qualquer do seu tempo era da barbáride, pq efectivamente tinham uma provecta barba, que devia ser incomodativa nas grandes viagens e quiçá mesmo uma verdadeira estufa incubadora de piolhos...Mas fico-me por aqui senão lá temos mais conversas sobre parasitas...
Continuando com Gama, que se bem se lembram era uma marca de tabaco de cachimbo...ou como muita gente diz Gama, mesa e roupa lavada...O" Vasco da Gama", a titulo de informação substituiu o "Infante D. Henrique", esse paquete onde alguns de nós fomos circulando entre a capital do Império e as doces costas africanas...Não sei, mas espero que me elucidem sobre se realmente, o gamão, aquele jogo esquisito parecido com as damas, tem algo a ver com o Vasco e o já antes citado apelido...Voltarei ao tema
Fernando Pereira
Posso adicioná-lo??? Claro!!
Com um texto de um antigo aluno do Salvador Correia (lógicamente da cidade), mas que sendo um criativo detesta vir por aqui..."Acolho em delírio a tua descoberta, esta etimológica, da palavra GAMAR. Deixo porém aqui nota que de gamanço pelas bandas oeste das Áfricas já a coisa se estendia à fartazana ainda o Vasquito saltitva indeciso na escolha do pai. Fique disso assinalada a rota da Mina que tanto deu de mamar (em ouro) aos sponsors que, cristãos à pressa, se dignaram levar a pesada cruz aos distantes autóctones. Talvez já o Vasquitozóide se aventurasse na descoberta do caminho flúvio para o óvulo, já se instalava por selva dentro estrutura que viesse a trazer basto fornecimento em mão de obra para as lusas ambições. E o Cão que na vã demanda do Índico se meteu pelo Zaire e desaguou em diplomáticas baltrocas com o Rei do Congo? Andava por essa altura o Vasquito pelos incautos 15 anos, ainda ausente do que o futuro lhe reservava. Quiseram os deuses camonianos conceder importância ao jovem Vasco quando já navegava pelos seus 26 anos, convertendo-o a ele próprio em descoberta (pelo rei?) possivelmente ocorrida aquando do período em que sigilosamente se estudava in loco a rota maritima para a Índia. Falo da tal rota mais longa do que a que se fazia por via seca, mas por onde passaria a vir a mesma carga mercante ao preço da chuva, com efeito arrasador para a então prosperidade das repúblicas italianas. Falando, pois, de GAMAR, iniciava-se ali uma epopeia de gatunagem fora de série. Porque em respeito à gatunagem "de série" teve o meão e bruto Vasco pouco protagonismo. Apenas uma referência ao outro Gama, este de nome Paulo, benquisto capitão da S. Rafael e irmão licota do Vasco. Com a saúde em cuidados (coisa das vias respiratórias) durante a viagem toda, o Paulo (não o Vasco) viria a morrer pelo final da torna-viagem, nos Açores para onde o caçula Vasco o acompanhou. Da frota partinte, apenas a S. Miguel (Bérrio) levou Tejo dentro a notícia do bem-sucedido empreendimento. Mais um ou dois mesitos e chegou por fim o pesaroso mas vivo Vasco que foi coberto de honrarias e fama, feito Conde da Vidigueira e pouco mais tarde Vice-Rei da Índia onde, realmente, veio a morrer velho. "
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário