26 de setembro de 2006
Cartazeando!
O cartaz dispensa, logo existe.
Na Republica Popular de Angola, que ainda descaminhava para uma híbrida republica ( igual a tantas outras) de Angola, ia havendo uns cartazes que incentivavam a prole a engajar-se na dinamica da Revolução.
Nesses tempos de contidos maus hábitos, que o mercado colocou na montra, sem ter de recorrer a saldos, mas dizia eu, nesses tempos de contidos maus hábitos, as coisas iam correndo como qualquer revolução podia correr em Angola...Com toda a calma do mundo, e sem horários para que as coisas pudessem suceder.
Desses tempos algo airosos sobrou a memória e os cartazes, que aqui coloco porque também eles fazem parte da História de Angola.
Karipande
PS:Para além do cartaz vai um pequeno postal com a poesia do saudoso David Mestre, e com o fundo desenhado pelo António Ole, numa emissão comemorativa do Festival Internacional de Estudantes em Havana/ Cuba 1978. O cartaz é alusivo ao 14 de Abril, dia da Juventude Angolana
24 de setembro de 2006
Fotos de Luanda do antanho!
Aqui vão mais um conjunto de desenhos de uma Luanda que não conseguiu resistir ao camartelo.
Rua Pereira Forjaz,Rua Paiva de Andrade, Antiga Travessa da Sé e Rua António C. Cunha, são algumas partes aqui referenciadas nestes desenhos.
Vou tentar que se comece aqui um debate sobre a arquitetura das cidades de Angola, para também aqui tentar desmistificar as "diferenças do bom colonialismo português"
Um abraço
Fernando Pereira
Fotos de Luanda do antanho!
A verdadeira cidade alta
Agradeço à UNAP (União Nacional dos Artistas Plásticos) este cojunto de postais! Aqui seguem três desenhos de C. Ferreira, sobre a Calçada de Santo António.Espero que vos ajude a perceber a Luanda de outros tempos, para provávelmente "desentenderem" o que em termos urbanísticos se passou desde então!
Agradeço à UNAP (União Nacional dos Artistas Plásticos) este cojunto de postais! Aqui seguem três desenhos de C. Ferreira, sobre a Calçada de Santo António.Espero que vos ajude a perceber a Luanda de outros tempos, para provávelmente "desentenderem" o que em termos urbanísticos se passou desde então!
18 de setembro de 2006
Branca e radiosa ia a noiva!
Acredite se quiser
Instruções e conselhos para a jovem noiva
Em 1894
Ruth Smythers
Sobre como se conduzir e proceder nas relações íntimas e pessoais inerentes
Ao casamento, para uma maior santidade espiritual que deve acompanhar
Este abençoado sacramento, e para a glória de Deus.
Para a jovem e sensível moça que alcançou o privilégio de crescer e
Chegar ao casamento, devemos dizer que este dia é, ironicamente o mais feliz
E também o mais aterrorizante de sua vida. Do lado positivo,
há o casamento propriamente dito, no qual a noiva é o centro das atenções
De uma cerimónia bonita e comovente, cerimónia esta que simboliza
O seu triunfo em lhe assegurar um homem que lhe proverá todas
As suas necessidades pelo resto de sua vida natural.
Do lado negativo, está a noite de núpcias, durante a qual a noiva
Deve "pagar para ver", vulgarmente falando, ao se defrontar,
Pela primeira vez, com a terrível experiência do sexo.
Nesse ponto, cara leitora, deixe-me revelar uma verdade chocante.
Algumas jovens, na realidade, aguardam a noite de núpcias com um misto
De curiosidade e prazer ! Cuidado com tal atitude !
Um marido egoísta e sensual pode facilmente tirar vantagem de tal noiva.
Nunca se esqueça de uma regra capital, para qualquer casamento:
dê pouco, raramente, e sempre de má vontade: do contrário,
O que tem tudo para ser um casamento feliz pode transformar-se
Numa orgia dos sentidos.
Por outro lado, o temor da noiva não deve ser extremo, porquanto o sexo,
Que, na melhor das hipóteses, é algo bastante doloroso, deve ser cultivado,
E o tem sido pela mulher desde o início dos tempos, e é recompensado
Pela união monogâmica e pelos filhos. A maioria dos homens, se não lhes for negado, desejam fazer sexo quase todos os dias. A noiva sábia deverá permitir
Um máximo de duas rápidas relações sexuais por semana durante
Os primeiros meses do casamento. À medida que o tempo passar,
Ela deve envidar esforços para reduzir tal frequência. Doenças simuladas,
insónia e dores de cabeça são os melhores aliados de uma esposa quanto a isso. Argumentos, apoquentações, repreensões e questionamentos também são
Muito eficazes, se usados tarde da noite, cerca de uma hora antes
De o marido normalmente começar sua sedução.
As esposas inteligentes devem estar sempre alerta e cientes de novas
E melhores maneiras de negar e desencorajar as aproximações amorosas
De seus maridos. Uma boa esposa deve reduzir as relações sexuais ao mínimo.
O ideal é uma só por semana ao fim do primeiro ano de casamento
E uma por mês ao fim do quinto ano.
Ao redor do décimo ano de casamento, muitas mulheres já completaram a sua prole
E atingiram o objetivo final de terminar todo e qualquer contato com seus maridos. Nessa época, ela deve fazer do seu amor pelos filhos e das pressões sociais elementos eficazes que mantenham o marido em casa.
Como já mencionamos anteriormente, a mulher, além de se manter alerta
Quanto a ter o mínimo de relações sexuais possíveis, deve também prestar
Muita atenção em limitar a espécie e a qualidade das relações sexuais.(..)
A mulher inteligente terá por objetivo nunca deixar que o marido a veja despida,
Nem que este se apresente despido. Praticar sexo, quando este não puder
Ser evitado, só em total escuridão. Muitas mulheres acham muito útil
Usar uma pesada e grossa camisola de algodão e providenciar pijamas para o marido, e não tirá-lo durante o ato sexual. Assim, um mínimo de corpo ficará exposto.
Uma vez que a noiva tenha colocado a sua camisola e apagado todas as luzes,
Ela deve deitar-se quieta e placidamente ao longo da cama e esperar pelo noivo.
Não deve fazer qualquer ruído que possa, na escuridão, orientá-lo em sua direção; caso contrário, ele poderá interpretar isso como um sinal de encorajamento.
Ela deve deixá-lo andar às apalpadelas no escuro. Existe sempre a esperança
De que ele venha a tropeçar e sofrer alguma lesão, que, por mais leve que seja,
Possa vir a ser usada como desculpa para negar qualquer contato sexual.
Quando ele a encontrar, ela deve permanecer tão imóvel quanto possível.
Qualquer movimento de sua parte pode ser interpretado como excitação sexual.
Se ele tentar beijá-la nos lábios, ela deve virar ligeiramente a cabeça de modo
Que o beijo alcance inocentemente as suas bochechas. Se ele tentar beijar-lhe
As mãos, ela deve mantê-las com os punhos fechados. Se ele levantar a sua camisola
E tentar beijá-la em qualquer outra parte do corpo, ela deve, imediatamente,
Puxar para baixo a sua camisola, pular da cama e anunciar que a mãe natureza
A chama ao banheiro. Isso, geralmente, amortecerá o desejo dele de beijá-la
Em territórios proibidos.
Se o marido tentar seduzi-la com conversas lascivas, a esposa inteligente repentinamente lembrar-se-á de perguntar-lhe alguma coisa trivial e não sexual. Uma vez obtida a resposta ela deve prosseguir a conversação,
não importando quão frívola ela possa parecer na ocasião. (...)
Ela deverá permanecer absolutamente calada ou falar sobre seus afazeres domésticos, enquanto ele realiza as manobras que o ato sexual requer(...)
Tão logo o marido complete o ato sexual, a mulher inteligente deverá começar
a aborrecê-lo com conversas sobre tarefas que ela quer que ele realize
no dia seguinte.
Muitos homens obtêm a maior parte de sua satisfação após a pacífica exaustão
que se segue ao ato. Sendo assim, a mulher inteligente deve assegurar-se
de que ele não tenha paz nesse período, pois, do contrário,
ele logo se achará tentado a querer um pouco mais. (...)
©Copyright Texto traduzido por Walter Cardoso Franco, publicado em Excerpta Feminina, Rio de Janeiro - Texto impresso pela Gráfica Orientação Espiritual da cidade de Nova York e publicado no ano de 1894. Escrito por Ruth Smythers, esposa de um pastor da Igreja Metodista Arcadiana da Congregação Regional Leste, Reverendo L. D. Smythers - Segundo o Bernardo.
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